Mês Internacional do Refugiado

Projeto de Inclusão e Pertencimento apresenta CineVozes, com o filme “Flee - nenhum lugar para chamar de lar” em menção ao mês internacional do refugiado

Participantes da edição “Cinevozes: filmes além das fronteiras”, com o filme: “Flee – nenhum lugar para chamar de lar”. O evento foi realizado na sala Profa. Edith de Magalhães Fraenkel da EEUSP.
Participantes da edição “Cinevozes: filmes além das fronteiras”, com o filme: “Flee – nenhum lugar para chamar de lar”. O evento foi realizado na sala Profa. Edith de Magalhães Fraenkel da EEUSP.

No último dia 29/05/2025, ocorreu na sala Profa. Edith de Magalhães Fraenkel, na Escola de Enfermagem da USP, a 2ª edição do Cinevozes: filmes além das fronteiras, parte do Projeto de Inclusão e Pertencimento realizado no Quadrilátero da Saúde: “De braços abertos: acolhimento de estudantes imigrantes na perspectiva de gênero, raça e classe social”. O projeto é coordenado pela Profa. Dra. Nayara Gonçalves Barbosa, do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica (ENP) da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP). 

 

O filme da vez foi a animação “Flee, nenhum lugar para chamar de lar”, que retrata a história de vida de Amin, um homem afegão que aos trinta anos, decide contar a sua verdadeira história. Ainda criança, Amin foi obrigado a fugir com sua família do Afeganistão e se refugiar na Rússia. A família enfrentou momentos de travessias perigosas, sendo obrigada a recorrer a coiotes (pessoas que realizam a travessia de imigrantes para outras localidades, muitas vezes cobrando altos valores e colocando a integridade dos demais em risco) para obter identidades e transporte para atravessar fronteiras. Outro recorte importante é a orientação sexual de Amin, que é um homem homossexual e também traz à tona a sua sexualidade ao longo da trama. 

A escolha do filme não foi à toa: o mês de junho é dedicado para a conscientização mundial quanto à questão do refúgio ao redor do globo, sendo que o dia vinte de junho é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o dia internacional do refugiado. No Brasil, a  Lei de Migrações (Lei nº13.445/2017), é regida pelos princípios da não criminalização da migração e repúdio e prevenção à xenofobia, racismo e qualquer outra forma de discriminação. Nesse sentido, migrantes e refugiados são sujeitos de direitos, e portanto, devem ter a liberdade e oportunidade para reconstruir suas vidas no Brasil.

cinevozes imigrantes
Maria Eduarda de Oliveira Alves, responsável pela escolha do filme e mediação do debate. Maria Eduarda é graduanda em Ciências Sociais pela FFLCH/USP. Bolsista do Programa Unificado de Bolsas vertente Inclusão e Pertencimento: “De braços abertos: acolhimento de estudantes imigrantes na perspectiva de gênero, raça e classe social” e estagiária do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI Oriana Jara).

Depoimentos dos participantes 

“Em um momento em que nos deparamos com o fortalecimento de políticas anti-imigração ao redor do mundo – em especial nos Estados Unidos e na Europa – refletir e debater sobre a questão do refúgio se torna essencial. Nesse sentido, escolhi o filme ‘Flee – nenhum lugar para chamar de lar’ que se debruça em questões profundas que atravessam pessoas submetidas ao deslocamento forçado de forma lúdica, ainda que chocante. Necessitamos falar mais sobre migração e refúgio se queremos ser um país mais acolhedor com aqueles que chegam” – Maria Eduarda de Oliveira Alves, bolsista do projeto.

Quando nos deparamos com a escolha de sair da nossa terra natal, que na maior parte das vezes é a nossa zona de conforto já vem em mente um misto de emoções ( certezas e incertezas ),  e graças a escolha do filme, veio novamente em mente essas reflexões e a importância dos países que mais recebem imigrantes, adotarem políticas voltadas a salvaguardar os direitos dos imigrantes que muitas vezes são refugiados. Assistir a história do Amin foi fortalecedor e serviu para muitas reflexões e emoções, me fazendo lembrar que praticamente quando se emigra deixa-se toda uma vida para trás para recomeçar uma nova jornada, e que muitas vezes onde a gente nasce não se torna o nosso lar.”- Carmén da Glória Candele Pambassangue (estudante angolana da 82ª turma de Enfermagem da EEUSP).   

“Sobre o filme eu pude reter que muita das vezes a busca por melhores condições de vida, acaba nos trazendo traumas quase que irreversíveis, aprendi também sobre resiliência, pois é preciso ter muita fé pra passar tudo que o Amin passou, no fim , fiquei com a conclusão que devemos acima de tudo não nos deixar levar pelos nossos traumas, e cada vez mais, valorizar o próximo” – João Cabral (Presidente da Associação de Estudantes Angolanos).

“A segunda sessão do Cinevozes foi um sucesso, com o título do filme “Nenhum lugar para chamar de lar (casa)”… eu particularmente me revi muito, poder entender as dificuldades que um imigrante (refugiado) enfrenta, as vivências todas e os anseios que também tomam conta da gente, ao assistir o filme parecia que eu me revia apesar de estar em uma situação diferente do personagem… Mas de um modo geral foi épico e uma ótima experiência. Expectante para a próxima sessão!” – Dorcas Adriano (estudante angolana da 82ª turma de Enfermagem da EEUSP).   

“Foi uma honra participar do Cinevozes, foi uma grande experiência e grandes momentos de aprendizagem. Com o filme assistido fomos incentivados a sonhar, persistir e ultrapassar barreiras. Em Amim (o personagem do filme) conseguimos rever um grupo de jovens sonhadores que enfrentam o desafio de imigrar (refugiar-se, que foi o seu caso) tendo como propósito a formação acadêmica e crescimento profissional , aprendemos que podemos determinar o que seremos se trabalharmos e nos esforçamos para isso e que as nossas origens não determinam onde vamos chegar, se acreditarmos e investirmos em nós podemos alcançar níveis de destaques e fazer história. Foi uma benção ver o filme e estamos expectantes para ver o próximo”. – Adilson Barboso Mazenzele Watambue (Estudante angolano da 83ª turma de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP).

flee
Cartaz da Animação Flee – Nenhum lugar para chamar de lar

Presidente
Prof. Dr. Antônio Fernandes Costa Lima – 29/05/2023 a 26/05/2025

Vice-Presidente
Prof. Dr. Divane de Vargas – 29/05/2023 a 26/05/2025

Representantes do Departamento ENC
Prof.ª Dr.ª Angela Maria Geraldo Pierin (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof.ª Dr.ª Maria de Fatima Fernandes Vattimo (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026

Representantes do Departamento ENO
Prof.ª Dr.ª Patricia Campos Pavan Baptista (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof.ª Dr.ª Valéria Marli Leonello (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026

Representantes do Departamento ENP
Prof.ª Dr.ª Maiara Rodrigues dos Santos (Titular) – 07/02/2022 a 06/02/2025
Prof.ª Dr.ª Caroline Figueira Pereira (Suplente) – 07/02/2022 a 06/02/2025

Representantes do Departamento ENS
Prof.ª Dr.ª Suely Itsuko Ciosak (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof. Dr. Alfredo Almeida Pina de Oliveira (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026

Representantes da Congregação (5º Membro)
Prof.ª Dr.ª Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini (Titular) – 15/10/2021 a 14/10/2024
Prof.ª Dr.ª Maria Amélia de Campos Oliveira (Suplente) – 15/10/2021 a 14/10/2024

Representante Discente
Thamires de Oliveira Rocha (Titular) – 06/02/2023 a 05/02/2024
Jéssica Garcia (Suplente) – 06/02/2023 a 05/02/2024

Observação:
– mandato dos membros: 3 anos – permitida a recondução
– mandato dos Representantes Discentes da Pós-Graduação: 1 ano

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