Em uma trajetória de estudos voltados à promoção do direito da criança ao alívio da dor — especialmente por meio de intervenções acessíveis à população e aos profissionais de saúde — Danton Matheus de Souza, atualmente doutorando na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), demonstrou em seu mestrado que o banho de imersão pode ser uma intervenção promissora no alívio da dor de crianças hospitalizadas por agravos respiratórios.
A pesquisa foi orientada pela Profa. Dra. Lisabelle Mariano Rossato, docente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da EEUSP.
A partir de um ensaio clínico randomizado, 80 crianças hospitalizadas — com idades entre 28 dias e dois anos — que apresentavam dor aguda decorrente de agravos respiratórios foram divididas em dois grupos de 40 participantes cada. O primeiro, denominado Grupo Controle, recebeu apenas a intervenção padrão da hospitalização, que consistia na administração oral de analgésicos, principalmente dipirona e paracetamol. Já o segundo, chamado Grupo Intervenção, além da medicação analgésica, recebeu um banho de imersão com duração mínima de cinco minutos, cuja temperatura variava de 39°C a 37°C no início e podia chegar a até 36°C ao final, caracterizando um banho quente. O banho podia ser realizado pelo pesquisador, pelo responsável da criança ou por ambos. A figura abaixo ilustra o processo de preparo e aplicação do banho. Ambos os grupos foram acompanhados durante uma hora, com reavaliações da dor aos 15, 30 e 60 minutos, utilizando-se escalas validadas para a população pediátrica.
Em uma trajetória de estudos voltados à promoção do direito da criança ao alívio da dor — especialmente por meio de intervenções acessíveis à população e aos profissionais de saúde — Danton Matheus de Souza, atualmente doutorando na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP), demonstrou em seu mestrado que o banho de imersão pode ser uma intervenção promissora no alívio da dor de crianças hospitalizadas por agravos respiratórios. A pesquisa foi orientada pela Profa. Dra. Lisabelle Mariano Rossato, docente do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da EEUSP.
A partir de um ensaio clínico randomizado, 80 crianças hospitalizadas — com idades entre 28 dias e dois anos — que apresentavam dor aguda decorrente de agravos respiratórios foram divididas em dois grupos de 40 participantes cada. O primeiro, denominado Grupo Controle, recebeu apenas a intervenção padrão da hospitalização, que consistia na administração oral de analgésicos, principalmente dipirona e paracetamol. Já o segundo, chamado Grupo Intervenção, além da medicação analgésica, recebeu um banho de imersão com duração mínima de cinco minutos, cuja temperatura variava de 39°C a 37°C no início e podia chegar a até 36°C ao final, caracterizando um banho quente. O banho podia ser realizado pelo pesquisador, pelo responsável da criança ou por ambos. A figura abaixo ilustra o processo de preparo e aplicação do banho. Ambos os grupos foram acompanhados durante uma hora, com reavaliações da dor aos 15, 30 e 60 minutos, utilizando-se escalas validadas para a população pediátrica.
Na prática, o Grupo Intervenção iniciou o banho, em média, três minutos após a administração da medicação analgésica, com participação predominante da mãe e do pesquisador na condução do processo. A imersão ocorreu em uma temperatura média de 38,5°C, com duração média de sete minutos, e a água atingiu, ao final, uma temperatura média de 36,7°C. No início do banho, algumas crianças apresentaram manifestações compatíveis com a dor, como choro, gemência, irritabilidade e agitação, que foram rapidamente substituídas por sinais de relaxamento, sonolência e, em alguns casos, choro leve.
O estudo demonstrou que ambos os grupos apresentaram redução da dor. Porém, o Grupo Intervenção teve uma diminuição mais rápida e acentuada, especialmente nos primeiros 15 minutos — período em que a medicação oral ainda não havia iniciado seu efeito. Observou-se uma queda superior a quatro pontos nos escores de dor, com manutenção dessa melhora ao longo dos demais momentos de reavaliação. Em algumas crianças, não havia mais sinais de dor após 30 minutos, acompanhados por episódios de adormecimento. Após 60 minutos, nenhuma criança do Grupo Intervenção apresentava dor. No Grupo Controle, que recebeu apenas a medicação, a melhora começou a ser observada apenas após 30 minutos e, ao final do acompanhamento, algumas crianças ainda referiam dor — situação em que o banho quente foi oferecido a pedido da família.
O banho quente, denominado pelos autores como – banho terapêutico, mostrou-se uma intervenção não farmacológica, coadjuvante à medicação analgésica, eficaz no alívio da dor em crianças, com impacto mais rápido e acentuado na vivência álgica quando comparado ao uso isolado de medicamentos. Os resultados do estudo foram recentemente publicados no Journal of Pediatric Nursing (https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39541738/).
Este estudo traz um impacto direto para a enfermagem, uma vez que o banho é uma prática cotidiana desses profissionais. Ao evidenciar seus efeitos no alívio da dor, a pesquisa ressignifica essa intervenção, ampliando seu significado para além da higiene corporal e destacando seu potencial terapêutico. Dessa forma, o enfermeiro, ao exercer a advocacy em saúde, pode incorporar o banho terapêutico na prática clínica como estratégia complementar no manejo da dor, contribuindo para garantir o direito da criança hospitalizada ao alívio da dor.
Autor: Danton Matheus de Souza
Presidente
Prof. Dr. Antônio Fernandes Costa Lima – 29/05/2023 a 26/05/2025
Vice-Presidente
Prof. Dr. Divane de Vargas – 29/05/2023 a 26/05/2025
Representantes do Departamento ENC
Prof.ª Dr.ª Angela Maria Geraldo Pierin (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof.ª Dr.ª Maria de Fatima Fernandes Vattimo (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026
Representantes do Departamento ENO
Prof.ª Dr.ª Patricia Campos Pavan Baptista (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof.ª Dr.ª Valéria Marli Leonello (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026
Representantes do Departamento ENP
Prof.ª Dr.ª Maiara Rodrigues dos Santos (Titular) – 07/02/2022 a 06/02/2025
Prof.ª Dr.ª Caroline Figueira Pereira (Suplente) – 07/02/2022 a 06/02/2025
Representantes do Departamento ENS
Prof.ª Dr.ª Suely Itsuko Ciosak (Titular) 11/09/2023 a 10/09/2026
Prof. Dr. Alfredo Almeida Pina de Oliveira (Suplente) 11/09/2023 a 10/09/2026
Representantes da Congregação (5º Membro)
Prof.ª Dr.ª Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini (Titular) – 15/10/2021 a 14/10/2024
Prof.ª Dr.ª Maria Amélia de Campos Oliveira (Suplente) – 15/10/2021 a 14/10/2024
Representante Discente
Thamires de Oliveira Rocha (Titular) – 06/02/2023 a 05/02/2024
Jéssica Garcia (Suplente) – 06/02/2023 a 05/02/2024
Observação:
– mandato dos membros: 3 anos – permitida a recondução
– mandato dos Representantes Discentes da Pós-Graduação: 1 ano