Segundo Taka Oguisso (2016), “Amália Correa de Carvalho foi uma pioneira da enfermagem brasileira. Foi aluna de D. Edith de Magalhães Fraenkel, de quem soube absorver a força do idealismo, a grande tenacidade e o enorme talento e capacidade de trabalho. Foi presidente das duas entidades maiores da enfermagem brasileira: a ABEn e o Cofen. A sede própria da ABEn, em Brasília, foi fundamentalmente construída em sua gestão de quatro anos e no Cofen, nas duas gestões iniciais dessa entidade, participou da implementação do órgão federal e da instalação dos regionais, assim como da elaboração do Código de Deontologia de Enfermagem. Soube com perspicácia conduzir os destinos da profissão”(1).
Graduou-se na primeira turma da EEUSP, em 1946. Ainda como estudante, ajudou a fundar e tornou-se a primeira presidente do Centro Acadêmico XXXI de Outubro, da EEUSP. Recebeu o convite da Diretora da EEUSP, na época, para fazer parte do corpo docente da Escola a partir de janeiro de 1947. Foi docente do Departamento de Orientação Profissional, da EEUSP.
De 1948 a 1950, dedicou-se aos estudos nos Estados Unidos, com bolsa da Fundação Kellogg. Realizou estudos sobre o ensino de enfermagem e das ciências básicas, recebendo o grau de bacharel em Educação em Enfermagem, naquela país.
Sua atuação em entidades de classe foi marcante, de modo especial na ABEn, que presidiu em dois mandados, de 1968 a 1970 e de 1970 a 1972.
Em parceria com D. Edith de Magalhães fraenkel, Amália deu prosseguimento aos dados colhidos no Levantamento de Recursos e Necessidades da Enfermagem no Brasil (1956-1958), como presidente da Comissão de Seguimento desse Levantamento, o qual foi financiado pela Fundação Rockefeller.
Em 1975, o Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, nomeou nove enfermeiras brasileiras para comporem o primeiro grupo para a instalação do Cofen . Da EEUSP, constaram dois nomes: Maria Rosa Sousa Pinheiro e Amália Correa de Carvalho, que foram depois eleitas pelos seus pares como presidente e vice presidente da primeira diretoria daquela entidade.
Rrepresentou a enfermagem brasileira, em diversas ocaisões, seja em reuniões e grupos de trabalho da OMS e da OPAS e também na Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre as condições de vida e de trabalho do pessoal de enfermagem, em 1976.
Escrevei “Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo Resumo Histórico. 1942 – 1980”.
Como bem disse Oguisso (1), “que seu exemplo de vida ativa e generosa possa inspirar as novas gerações de profissionais da enfermagem”
Referência
1 – Oguisso T. Amália. Um gigante da Enfermagem Brasileira. Enfermagem em Foco 2016; 7(3/4): 81-5.
Autoria. Prof. Genival Fernandes de Freitas